Pinto Novo

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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Harry Potter e as Relíquias da Morte parte 1: "Resenha"

Demorei bastante para escrever esta resenha, mas finalmente consegui terminar e explicar em palavras a minha opinião sobre a primeira parte do filme Harry Potter e as Relíquias da Morte. Esse artigo contem alguns pequenos spoilers, mas nada muito alarmante para quem já leu os livros e não viu o filme ainda. Avisos dados, agora continuemos.

Fidelidade ao livro – Sem dúvidas, esse filme foi a adaptação mais fiel de um livro do Harry Potter já feita. Durante o filme, eu senti que estava lendo o livro novamente, vivendo todas as cenas, e não somente passando pela história como aconteceu com os filmes anteriores. Até algumas cenas que não foram exatamente iguais às do livro tiveram uma explicação lógica e até deram um charme especial ao filme como, por exemplo, a cena da Edwiges.

Casamento de Gui e Fleur

Casamento – Apesar de ser uma cena rápida, conseguiu captar tudo de importante que deveria acontecer. Harry descobrindo novos fatos sobre a vida de Dumbledore, a despedida entre Harry e Gina, o caótico ataque dos comensais e até um certo sentimento entre Rony e Hermione. O único detalhe da cena – ou melhor, do filme – que me deixou chateada foi não terem mencionado uma única vez o nome de Rufus Scrimgeour, todos sempre se referindo a ele como simplesmente o “Ministro da Magia”.
Godric’s Hollow – Uma cena bem emotiva, que me fez chorar bastante no cinema. Confesso que estava com medo de como ela ficaria no filme, por ser um momento difícil de representar. Mesmo sendo uma cena curta, Daniel estava ótimo e eu consegui sentir a mesma emoção que é passada no livro, em uma das minhas passagens favoritas:
“[...] os olhos fixos na neve espessa que ocultava o lugar em que jaziam os despojos de seus pais, agora, certamente apenas ossos ou pó, sem saberem nem se importarem que seu filho sobrevivente se achasse tão perto, seu coração ainda palpitando, vivo por causa do seu sacrifício e quase desejando, neste momento, que estivesse dormindo com eles sob a neve.”

Harry e Hermione em Godric’s Hollow
A mansão dos Malfoy – Tanto o cenário quanto as cenas que lá se passaram ficaram exatamente como imaginei no livro. Sofri muito com o apelo e a tortura dos comensais sobre a Hermione, adorei a fuga dos prisioneiros do porão dos Malfoy e comecei a chorar no instante que Dobby apareceu até o desfecho comovente dessa cena. Não foi à toa que, quando as luzes se acenderam, todos no cinema estavam secando as lágrimas.
Humor – No meio de tanta tensão na história, ainda teve espaço para aqueles momentos divertidos, com piadas que nos fazem rir sem quebrar o ritmo do filme. Apesar de ter chorado desde a primeira cena até o final, gostei bastante desse toque de humor que nos lembra porque gostamos tanto desse trio principal. Ponto para o roteirista Steve Kloves!

Voldemort em posse da Varinha das Varinhas


Voldemort – Infelizmente, achei o Voldemort um tanto menos assustador nesse filme. Minha impressão é de que o personagem está sendo mais humanizado a cada filme, perdendo aquela imagem d’aquele-que-não-deve-ser-nomeado, um dos bruxos mais poderosos de todos os tempos. Diferente do que aconteceu com Dubmbledore, ainda acho que o auge de Lorde Voldemort foi durante a batalha entre ele e o diretor de Hogwarts no final do quinto filme. Por sorte, eu não me incomodei muito com essa humanização do nosso amigo Voldie, visto que agora a disputa entre ele e Harry está casa vez mais pessoal. Então, para manter o recorde intacto, ponto positivo aqui também!
Equilíbrio da história – Achei muito bem feito o balanço entre a busca pelas horcruxes e os dramas pessoais de cada personagem. A cena da briga entre Harry e Rony foi extremamente bem representada, inclusive a repercussão que teve na destruição de uma das horcruxes, ou como o forte sentimento de união entre o trio os faz colocar a segurança uns dos outros sempre acima de toda a responsabilidade que lhes foi atribuída. Uma cena que me emocionou bastante foi a em que Harry e Hermione, ambos perdidos em sentimentos de tristeza e sem saber o que fazer a seguir, se refugiam em um momento de dança e música. O simples fato de essa cena se deslocar tanto do clima de todo o filme é o que contribui para a assimilação da realidade que o mundo dos bruxos está vivendo. Uma cena feliz acaba sendo um dos momentos mais tristes do filme.

Refúgio nas montanhas


Velocidade – É uma pena que os filmes anteriores não puderam ser divididos em duas partes cada também. Além de ser muito mais digno em relação ao livro, permitiu que a história fosse contada como se deve, sem pressa e com a emoção correta. Infelizmente, alguns detalhes que não haviam sido mencionados previamente apareceram sem explicação neste, como o vidro quebrado do espelho de Harry, a explicação de como o Gui e a Fleur se conheceram, ou de que Harry agora é mestre do elfo Monstro. Mas até aí, a culpa não é bem deste filme.
Maturidade dos personagens – Nesse filme, vemos Harry, Rony e Hermione muito mais maduros do que nos anteriores. Tanto como personagens (transição que também é visível no livro), como atores. Harry Potter 7.1 atinge um nível de seriedade que nunca existiu antes nos filmes da saga, e essa transição de um cenário mais amigável para o centro de uma guerra literal foi feito com muita maestria pelo diretor David Yates desde o filme 5 até o 7.1, me fazendo aguardar ansiosamente pela segunda parte, que deverá representar o ápice de toda a saga no cinema. Pelo menos eu espero que sim

O Trio

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