Pinto Novo

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Bruna Surfistinha



A mocinha do título é uma patricinha da vida real que resolveu abandonar a vidinha de classe média e encurtar o caminho pro dinheiro através de seu patrimônio natural: o corpo de jovem relativamente bonitinha e sem sinais de imigrante pobre que veio dos grotões miseráveis pra vencer na cidade grande. Ou seja: Bruna é uma prostituta assumida, bem produzida e que deu ã velha profissão uma moldura de século 21 com acesso ã internet e tudo mais. Como as emissoras de tv do Brasil sofrem pra preencher seus espaços, num instante a Bruna Surfistinha virou arroz de festa em programetes popularescos das tevês que vivem na periferia da audiência. Óbvio que nesse enquadramento ela até agora não foi convidada pra ir nem no Faustão nem no Jô, pra comentar dos garotões mauricinhos, dos casais, dos maridos fujões e dos velhinhos que surfaram em sua cama king size (até porque, o livro conta, na freguesia constavam gordos fellinianos e caras imensos com altura de jogador de basquete). Vale dizer: o palco tem que ser forte e grande. Mas, voltando ao livro: ela relata com 5% de talento de escriba e 95% de talento no controle da profissão, uma lista de taras, personagens e descritivos de cenas de sexo que, a rigor, não impressionam quem já se acostumou a ver as revistas pra homens que estão por ai. Evidente que a dose de sacanagem é um pouco mais alta, apenas pra fazer o sucesso do marketing. Que, aliás, é muito bom. Dentro do livreco (um pouco mais do que 100 pgs) tem um lance pra atiçar a curiosidade do leitor- algumas páginas lacradas com uma etiqueta auto-adesiva prometendo que, lá dentro, tem sacanagens ainda mais brabas e pesadas do que as pgs. convencionais do livro. Nem tanto. Você abre numa boa (escondido do vendedor da livraria) , lê e depois fecha sem prejudicar o livro. Essa parte secreta contém apenas algumas coisinhas meio escatológicas, mais pro nojento do que pro sensual. Nãoi vale a pena comprar. Mas apenas dar uma bicada aproveitando as poltronas que as livrarias (pelo menos da capital de S. Paulo) disponibilizam pros ratos olharem os livros sem pagar .

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